O Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil,[nota 2][9] é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em área territorial (equivalente a 47% do território sul-americano[1]) e população, com mais de 190 milhões de habitantes.[2][10] É o único país falante da língua portuguesa nas Américas e o maior país lusófono do mundo,[10] além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do planeta, resultado da forte imigração vinda de muitos países.
Delimitado pelo oceano Atlântico a leste, o Brasil tem um litoral de 7 491 km.[10] É limitado a norte pela Venezuela, Guiana, Suriname e pelo departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; a noroeste pela Colômbia; a oeste pela Bolívia e Peru; a sudoeste pela Argentina e Paraguai e ao sul pelo Uruguai. Vários arquipélagos formam parte do território brasileiro, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Penedos de São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz. O país faz fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto Equador e Chile.[10]
O Brasil foi descoberto pelos europeus em 1500, por uma expedição portuguesa liderada por Pedro Álvares Cabral. O território brasileiro, até então habitado por povos ameríndios, a partir daí torna-se uma colônia do império ultramarino português. Em 1815 se torna um reino unido com Portugal. O vínculo colonial foi, de fato, quebrado em 1808, quando a capital do reino foi transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, depois de Napoleão Bonaparte invadir Portugal.[11] A independência do Brasil se deu em 1822. Inicialmente independente como Império do Brasil, período no qual foi uma monarquia constitucional parlamentarista, o país se tornou uma república em 1889, com um golpe militar, embora a legislatura bicameral, agora chamada de congresso nacional, remonte à ratificação da primeira constituição, em 1824.[11] A sua constituição atual, formulada em 1988, define o Brasil como uma república federativa presidencialista.[9] A federação é formada pela união do Distrito Federal, os 26 estados e os 5 564 municípios.[9][12]
A economia brasileira é a maior da América Latina, a oitava maior do mundo por PIB nominal[13] e a sétima maior por paridade de poder de compra.[14] O Brasil é uma das principais economias com mais rápido crescimento econômico no mundo e as reformas econômicas deram ao país novo reconhecimento internacional, seja em âmbito regional ou global.[15][16] O país é membro fundador da Organização das Nações Unidas, G20, CPLP, União Latina, Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Ibero-americanos, Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas, além de ser um dos países BRIC. O Brasil também é o lar de uma diversidade de animais selvagens, ambientes naturais e de vastos recursos naturais em uma grande variedade de habitats protegidos.[
As raízes etimológicas do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O filólogo Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência celta (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos fenícios. Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, Frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gândavo apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" é derivado de "pau-brasil", designação dada a um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos. Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa "ilha Brasil" no meio do Atlântico, de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa).[17]
Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, etc. Em 1967, com a primeira Constituição da ditadura militar, o Brasil passou a chamar-se República Federativa do Brasil, nome que a Constituição de 1988 conserva até hoje. Antes, na época do império, era Império do Brasil e depois, com a proclamação da República, Estados Unidos do Brasil.[18]
Os habitantes naturais do Brasil são denominados brasileiros, cujo gentílico é registrado em português a partir de 1706[19] que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil.[20] Entretanto, foi apenas em 1824, na primeira constituição brasileira,[21] que o gentílico "brasileiro" passou legalmente a designar as pessoas naturais do Brasil. Há ainda a possibilidade do uso de outros gentílicos como brasiliano, brasílico, brasílio e brasiliense (esse último também atribuído aos habitantes de Brasília) para designar os naturais da República Federativa do Brasil.[19]
Quando descoberto pelos portugueses em 1500, estima-se que o atual território do Brasil (a costa oriental da América do Sul), era habitado[22] por dois milhões de indígenas, do norte ao sul.[23]
A população ameríndia era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos tupi-guarani, macro-jê e aruaque. Os primeiros eram subdivididos em guaranis, tupiniquins e tupinambás, entre inúmeros outros. Os tupis se espalhavam do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje.[24] Segundo Luís da Câmara Cascudo,[25] os tupis foram "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e (...) decorrentemente a de maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava". A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por Portugal em abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral.[26] O português encontrou nativos da Idade da Pedra divididos em várias tribos, a maioria das quais compartilhavam a mesma família linguística, o Tupi-Guarani, e lutaram entre si.[27]
A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em doze capitanias hereditárias,[28][29] mas esse arranjo era problemático e em 1549 o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia.[29][30] Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas,[31] enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas em longas guerras ou por doenças europeias para as quais não tinham imunidade.[32][33] Em meados do século XVI, o açúcar tornou-se o mais importante produto de exportação do Brasil[27][34] e escravos africanos começaram a ser trazidos pelos portugueses[35][36] para lidar com a crescente demanda internacional.[32][37]
Através de guerras contra os franceses, os portugueses lentamente expandiram seu território para o sudeste, tomando o Rio de Janeiro, em 1567, e para o noroeste, tomando São Luís em 1615.[38] Eles enviaram expedições militares para a Amazônia e conquistaram fortalezas britânicas e holandesas, fundando aldeias e fortalezas em 1669.[39] Em 1680 eles chegaram ao extremo sul e fundaram a Colônia do Sacramento, na margem do Rio da Prata, na região da Faixa Oriental (atual Uruguai).[40]
No final do século XVII as exportações de açúcar começaram a diminuir,[41] mas a descoberta de ouro por exploradores da região que mais tarde seria chamada de Minas Gerais, em torno de 1693, e nas décadas seguintes nos atuais Mato Grosso e Goiás, salvaram a colônia de um colapso econômico iminente.[42] De todo o Brasil, bem como de Portugal, milhares de imigrantes vieram para as minas.[43] Os espanhóis tentaram impedir a expansão dos portugueses para o território que lhes pertencia de acordo com o tratado de Tordesilhas de 1494, e conseguiram reconquistar a Faixa Oriental em 1777. No entanto, essa conquista foi em vão, visto que o tratado de San Ildefonso, assinado no mesmo ano, confirmou a soberania portuguesa sobre todas as terras provenientes da sua expansão territorial, criando assim a maior parte das atuais fronteiras brasileiras.[44]
Em 1808, a família real portuguesa, e com ela a nobreza portuguesa, fugindo das tropas do primeiro imperador francês, Napoleão Bonaparte, que estavam invadindo Portugal e a maior parte da Europa Central, estabeleceram-se na cidade do Rio de Janeiro, que assim se tornou a sede do império ultramarino português.[45] Em 1815, Dom João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), então Príncipe-regente de Portugal em nome de sua mãe incapacitada - a Rainha Dona Maria I, elevou o então Estado do Brasil, uma colônia portuguesa, a Reino soberano unido com Portugal.[45] Em 1809, os portugueses invadiram a Guiana Francesa (que foi devolvida à França em 1817)[46] e em 1816, a Faixa Oriental, que foi posteriormente rebatizada para Cisplatina.[47]
D. João VI retornou à Europa em 26 de abril de 1821, deixando seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara, como regente para governar o Brasil.[48] O governo português tentou transformar o Brasil em uma colônia, uma vez mais, privando-a dos seus resultados desde 1808.[49] Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país de Portugal, em 7 de setembro de 1822.[50] Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano.[51]
Naquele tempo quase todos os brasileiros eram a favor de uma monarquia e o republicanismo teve pouco apoio.[52][53] A subsequente guerra da independência do Brasil propagou-se por quase todo o território, com batalhas nas regiões norte, nordeste e sul.[54] Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824[55] e a independência foi reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado de Rio de Janeiro.[56]
A primeira constituição brasileira foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos conselhos municipais de todo o país.[57][58][59][60] D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831 e foi para a Europa para recuperar a coroa de sua filha, deixando para trás seu filho de cinco anos e herdeiro, que viria a ser Dom Pedro II.[61] Como o novo imperador não pôde exercer suas prerrogativas constitucionais até atingir a maturidade, a regência foi criada.[62] Disputas entre facções políticas levaram a rebeliões e uma instável, quase anárquica, regência.[63] As facções rebeldes, no entanto, não estavam em revolta contra a monarquia,[64][65] embora algumas declarassem a secessão das províncias como repúblicas independentes, mas só enquanto Pedro II era menor de idade.[66] Devido a isso, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente e "o Brasil desfrutou de quase meio século de paz interna e progresso material rápido."[67]
O Brasil ganhou três guerras internacionais durante os 59 anos de reinado de Dom Pedro II (a guerra do Prata, a guerra do Uruguai e da guerra da Tríplice Aliança)[68] e testemunhou a consolidação da democracia representativa, principalmente devido à realização de eleições sucessivas, e irrestrita liberdade de imprensa.[69] A escravidão foi extinta após um lento, mas constante, processo, que começou com o fim do tráfico internacional de escravos em 1850[70] e terminou com a abolição da escravatura em 1888.[71] A população escrava estava em declínio desde a independência do Brasil: em 1823, 29% da população brasileira era composta por escravos, enquanto em 1887 o percentual havia caído para 5%.[72]
Quando a monarquia foi derrubada em 15 de novembro de 1889,[73] houve pouca vontade no Brasil para mudar a forma de governo de monarquia para república,[74] D. Pedro II estava no auge de sua popularidade entre seus súditos.[75][76] O golpe militar republicano era apoiado por antigos proprietários de escravos que se ressentiam da abolição da escravatura no Brasil, ocorrida em 1888, com a assinatura da lei Áurea por D. Isabel de Bragança, a regente e princesa imperial.[77][78][79]
Com o início do governo republicano sendo pouco mais do que uma ditadura militar, a então nova constituição de 1891[80] previa eleições diretas apenas para 1894 e embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha porém o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta.[81]
Se em relação à política externa o país neste primeiro período republicano manteve um relativo equilíbrio que só foi rompido pela questão acreana[82] e a Primeira Guerra Mundial;[83][84][85] internamente, a partir da crise do encilhamento[86][87][88] e da 1ª Revolta da Armada em 1891,[89] se iniciou um ciclo prolongado de instabilidade financeira, política e social que se estenderia até a década de 1920 mantendo o país assolado por diversas rebeliões, tanto civis [90][91][92] como militares,[93][94][95] que pouco a pouco minaram o regime de tal forma que em 1930 foi possível ao candidato presidencial derrotado nas eleições de 1930, Getúlio Vargas liderar um golpe de Estado e assumir a presidência da república com o apoio dos militares.[96]
Vargas e os militares, que deveriam assumir a presidência apenas temporariamente a fim de implementar reformas democráticas, fecharam o Congresso, e seguiram governando sob estado de emergência, tendo, à exceção de Minas Gerais,[97] substituído os governadores dos estados por seus apoiadores.[98] Sob a justificativa de cobrar a implementação das promessas de reformas democráticas, em 1932 a oligarquia paulista tentou recuperar o poder,[99] e em 1935 os comunistas se rebelaram,[100] tendo ambos os movimentos sido derrotados. No entanto, a ameaça comunista serviu de pretexto tanto para impedir as eleições previamente estipuladas, como para que Vargas e os militares lançassem mão de outro golpe de Estado em 1937 estabelecendo uma ditadura de fato.[101] Em maio de 1938, houve ainda uma outra tentativa fracassada de tomada de poder, desta vez por parte dos fascistas locais.[102]
O Brasil manteve-se neutro durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial até os antecedentes que levaram o país a se postar ao lado dos EUA durante a conferência do Rio em janeiro de 1942 rompendo relações diplomáticas com as potências do Eixo.[103][104] Em represália, as marinhas de guerra da Alemanha nazista e Itália fascista estenderam sua campanha de guerra submarina ao Brasil, e após meses de contínuo afundamento de navios mercantes brasileiros e forte pressão popular, o governo declarou-lhes guerra em agosto daquele ano,[105][106] tendo somente em 1944 enviado uma força expedicionária para combater na europa.[107][108] Com a vitória aliada em 1945 e o fim dos regimes nazi-fascistas na Europa, a posição de Vargas tornou-se insustentável e ele foi rapidamente deposto por outro golpe militar.[109] A democracia foi restabelecida e o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente, tomando posse em 1946.[110] Tendo voltado ao poder democraticamente eleito no fim de 1950, Vargas suicidou-se em agosto de 1954, em meio a uma crise política.[111][112]
Vários governos provisórios breves sucederam-se após o suicídio de Vargas.[113] Juscelino Kubitschek se tornou presidente em 1956 e assumiu uma postura conciliadora em relação à oposição política que lhe permitia governar sem grandes crises.[114] A economia e o setor industrial cresceram consideravelmente,[115] mas sua maior conquista foi a construção da nova capital, Brasília, inaugurada em 1960.[116] Seu sucessor, Jânio Quadros, renunciou em 1961, menos de um ano após assumir o cargo.[117] Seu vice-presidente, João Goulart, assumiu a presidência, mas suscitou forte oposição política[118] e foi deposto pelo Golpe de 1964 que resultou em um regime militar.[119]
O novo regime se destinava a ser transitório,[120] mas, cada vez mais fechado em si mesmo, se tornou uma ditadura plena com a promulgação do Ato Institucional Nº 5 em 1968.[121] A repressão de opositores da ditadura, incluindo a guerrilha urbana,[122] foi dura, mas não tão brutal como em outros países da América Latina.[123] Devido ao extraordinário crescimento econômico, conhecido como um "milagre econômico", o regime atingiu seu mais alto nível de popularidade nos anos de maior repressão.[124]
O General Ernesto Geisel assumiu a presidência em 1974 e começou seu projeto de redemocratização através de um processo que, segundo ele seria "lento, gradual e seguro."[125][126] Geisel acabou com a indisciplina militar que havia assolado o país desde 1889,[127] bem como a tortura de presos políticos, censura à imprensa[128] e, finalmente, a própria ditadura, depois de extinto o Ato Institucional Nº 5 em 1978.[121] No entanto, o regime militar continuou, com o seu sucessor escolhido General João Figueiredo, para completar a transição para uma democracia plena.[129] Os civis voltaram totalmente ao poder em 1985, quando José Sarney assumiu a presidência,[130] mas, até ao final de seu mandato, ele tinha se tornado extremamente impopular devido à crise econômica e a incontrolável e invulgarmente elevada inflação.[131] O mal-sucedido governo de Sarney permitiu a eleição, em 1989, do quase desconhecido Fernando Collor, que posteriormente foi deposto pelo Congresso Nacional em 1992. Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco, que nomeou Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda.[132]
Cardoso criou o bem sucedido Plano Real,[nota 3] que trouxe estabilidade para a economia brasileira.[133] Fernando Henrique Cardoso foi eleito como presidente em 1994 e novamente em 1998.[134] A transição pacífica de poder para Luiz Inácio Lula da Silva, que foi eleito em 2002 e reeleito em 2006, mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua, há muito procurada, estabilidade política.[135] Em 2010, Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher eleita presidente, sendo também a segunda pessoa a chegar à presidência sem nunca antes ter disputado uma eleição. Com a eleição dela, Lula se tornou o primeiro presidente a eleger seu sucessor na plenitude democrática.[136]
O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários: o Equador que passa pela embocadura do Amazonas, e o Trópico de Capricórnio, que corta a cidade de São Paulo.[137] O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da América do Sul e inclui grande parte do interior do continente,[138] que compartilham fronteiras terrestres com o Uruguai ao sul; Argentina e Paraguai a sudoeste; Bolívia e Peru a oeste; Colômbia a noroeste e Venezuela, Suriname, Guiana e o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa, ao norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul exceto Equador e Chile. Ele também engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz.[10] O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso.[138]
O Brasil é o quinto maior país do mundo, depois da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, e o terceiro maior das Américas, com uma área total de 8 514 876,599 km²,[1] incluindo 55 455 km² de água.[10] Seu território abrange três fusos horários, a partir de UTC−4 nos estados ocidentais, a UTC−3 nos estados do leste (e hora oficial do Brasil) e UTC−2 nas ilhas do Atlântico.[139]
A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. Grande parte do terreno se situa entre 200 metros e 800 metros de altitude.[140] A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país.[140] As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados.[140] A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de até 1 200 metros.[140] Esses intervalos incluem a serra da Mantiqueira, a serra do Espinhaço e a serra do Mar.[140] No norte, o Planalto das Guianas constituem um fosso de drenagem principal, separando os rios que correm para o sul da Bacia Amazônica dos rios que desaguam no sistema do rio Orinoco, na Venezuela, ao norte. O ponto mais alto no Brasil é o Pico da Neblina, na serra do Imeri (fronteira com a Venezuela) com 2 994 metros e o menor é o Oceano Atlântico.[10]
O Brasil tem um sistema denso e complexo de rios, um dos mais extensos do mundo, com oito grandes bacias hidrográficas, que drenam para o Atlântico.[141] Os rios mais importantes são o Amazonas (o maior rio do mundo tanto em comprimento - 6 937,08 km de extensão - como em termos de volume de água - vazão de 12,5 bilhões de litros por minuto), o Paraná e seu maior afluente, o Iguaçu (que inclui as Cataratas do Iguaçu), o Negro, São Francisco, Xingu, Madeira e